Literacia Braille. A magia dos “pontinhos” no Jardim-de-Infância: Uma breve abordagem (Parte 3)

Título do Artigo: Literacia Braille. A magia dos “pontinhos” no Jardim-de-Infância: Uma breve abordagem

Autoria: Alice Liberto

Breve nota Curricular: Educadora de Infância, especializada em educação especial, Domínio da Visão, a exercer funções de apoio educativo no Agrupamento de Escolas Grão Vasco, Viseu – Escola de Referência no Domínio da Visão. Mestre em Ciências da Educação, Especialização em Educação Especial.

 Requisitos prévios da aprendizagem do Braille:

– organização espácio-temporal;

– interiorização do esquema corporal;

– desenvolvimento linguístico e conceptual;

– motivação para a aprendizagem;

– independência funcional dos membros superiores;

– coordenação bimanual;

– destreza manipulativa;

– independência digital (dissociação digito-motora);

– desenvolvimento da sensibilidade tátil;

– nível geral de maturação.

Barreiras:

– Não controlar a sua posição e os movimentos dos seus braços;

–  Não ser capaz de discriminações finas com os seus dedos;

– Aquisição de “maus-hábitos” (arranhar,pressionar…);

– Má posição de mãos, dedos e pulso;

– Desmotivação face às dificuldades;

–  …

 (Jalbert et al., 2005).

Facilitadores:

– Contextos lúdicos e responsivos – o brincar;

– Realização de Atividades de Vida Diária – AVD’s;

– Inclusão;

– Facilitador educativo;

– “Currículo oculto” – experiências anteriores;

– Fornecer experiências precoces de leitura;

– Um trabalho de desenvolvimento da perceção tátil eficaz.

–  …

METODOLOGIAS E RECURSOS DIDÁTICOS

Objetivos:

– Promover e encorajar a emergência da literacia na criança cega e definir intervenções eficazes que favoreçam o seu desenvolvimento.

– Beneficiar de um “banho de linguagem” e propostas de uma grande diversidade de jogos, livros e exercícios táteis em que se familiarize, a pouco e pouco, por aproximação aos carateres Braille.

– O desenvolvimento de competências táteis prévias à aprendizagem da leitura/escrita digital.

ELABORAÇÃO DE MATERIAIS ESPECÍFICOS

– Aumentar a destreza e domínio de mãos e dedos;

– Melhorar o controlo da motricidade fina;

– Desenvolver a capacidade discriminativa;

– Adquirir autonomia e independência em cada uma das mãos;

– Apropriar-se dos gestos e dos movimentos próprios da leitura Braille;

– Seguir tatilmente diversos tipos de pontos e linhas;

– Discriminação e reconhecimento de pontos Braille em papel;

– Controlar a pressão dos dedos sobre a escrita Braille;

– Signo “gerador” Braille – a situação espacial de cada ponto;

– Conhecimento dos elementos e funcionamento da máquina Perkins.

(Liébana I., y Chacón, D., 2004; Mendonça, A. 2012 e Tojo J., 2014)

No último artigo pode observar um conjunto de materiais e experiências utilizados no processo de ensino-aprendizagem do braille, em crianças de idade pré-escolar.

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