Título do Artigo: Literacia Braille. A magia dos “pontinhos” no Jardim-de-Infância: Uma breve abordagem
Autoria: Alice Liberto
Breve nota Curricular: Educadora de Infância, especializada em educação especial, Domínio da Visão, a exercer funções de apoio educativo no Agrupamento de Escolas Grão Vasco, Viseu – Escola de Referência no Domínio da Visão. Mestre em Ciências da Educação, Especialização em Educação Especial.
Requisitos prévios da aprendizagem do Braille:
– organização espácio-temporal;
– interiorização do esquema corporal;
– desenvolvimento linguístico e conceptual;
– motivação para a aprendizagem;
– independência funcional dos membros superiores;
– coordenação bimanual;
– destreza manipulativa;
– independência digital (dissociação digito-motora);
– desenvolvimento da sensibilidade tátil;
– nível geral de maturação.
Barreiras:
– Não controlar a sua posição e os movimentos dos seus braços;
– Não ser capaz de discriminações finas com os seus dedos;
– Aquisição de “maus-hábitos” (arranhar,pressionar…);
– Má posição de mãos, dedos e pulso;
– Desmotivação face às dificuldades;
– …
(Jalbert et al., 2005).
Facilitadores:
– Contextos lúdicos e responsivos – o brincar;
– Realização de Atividades de Vida Diária – AVD’s;
– Inclusão;
– Facilitador educativo;
– “Currículo oculto” – experiências anteriores;
– Fornecer experiências precoces de leitura;
– Um trabalho de desenvolvimento da perceção tátil eficaz.
– …
METODOLOGIAS E RECURSOS DIDÁTICOS
Objetivos:
– Promover e encorajar a emergência da literacia na criança cega e definir intervenções eficazes que favoreçam o seu desenvolvimento.
– Beneficiar de um “banho de linguagem” e propostas de uma grande diversidade de jogos, livros e exercícios táteis em que se familiarize, a pouco e pouco, por aproximação aos carateres Braille.
– O desenvolvimento de competências táteis prévias à aprendizagem da leitura/escrita digital.
ELABORAÇÃO DE MATERIAIS ESPECÍFICOS
– Aumentar a destreza e domínio de mãos e dedos;
– Melhorar o controlo da motricidade fina;
– Desenvolver a capacidade discriminativa;
– Adquirir autonomia e independência em cada uma das mãos;
– Apropriar-se dos gestos e dos movimentos próprios da leitura Braille;
– Seguir tatilmente diversos tipos de pontos e linhas;
– Discriminação e reconhecimento de pontos Braille em papel;
– Controlar a pressão dos dedos sobre a escrita Braille;
– Signo “gerador” Braille – a situação espacial de cada ponto;
– Conhecimento dos elementos e funcionamento da máquina Perkins.
(Liébana I., y Chacón, D., 2004; Mendonça, A. 2012 e Tojo J., 2014)
No último artigo pode observar um conjunto de materiais e experiências utilizados no processo de ensino-aprendizagem do braille, em crianças de idade pré-escolar.